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sábado, 15 de março de 2014

Daniel, sua fidelidade e propósito

    "Tu, porém, vai até o fim" (Dn 12:13).
   
   Daniel pertencia à nobreza judaica e ainda muito jovem enfrentou situações extremamente difíceis ao ser levado cativo para a Babilônia (Dn 1:6). Lá teve seu nome, que exaltava a Deus (Deus é meu juiz), trocado para Beltessazar, nome que exaltava o deus Bel (o grande deus da Babilônia e que corresponde ao deus Baal dos fenícios), numa tentativa de provocar uma identificação com a cultura e a religião babilônicas.
   Mas nem o revés de ser arrancado de seu país, de sua casa, de sua família, e muito menos o choque cultural no qual foi forçadamente mergulhado, foram suficientemente capazes de arrancar suas convicções (Dn 1:8;6:10). Ele permaneceu fiel a Deus e a seus mandamentos mesmo em circunstâncias desfavoráveis.
   Babilônia era a super potência da época, suas conquistas tornaram-na grande. Um lugar onde seria muito fácil ser influenciado pelas práticas dos habitantes daquele lugar. O comprometimento de Daniel com Deus Yaweh é um grande exemplo de que podemos estar nesse mundo, cercado por práticas contrárias à Palavra de Deus e mesmo assim permanecer firmes, sem sofrer corrupção. O mundo (não o mundo físico, a natureza, mas o sistema que rege o mundo e que se opõe a Deus) nos pressiona o tempo todo para que nos acomodemos com suas práticas e aceitemos aquilo que é contrário às Santas Escrituras como sendo algo normal. Alguns cristãos, com medo de serem confrontados, acabam  desistindo de estudar, de conviver com pessoas que não professem a mesma fé e se enclausuram em uma concha de convívio apenas com seus iguais. Mas Daniel não teve medo de agir diferente, nem de sofrer confrontos por isso, e sua coragem de testemunhar sua fé de modo prático (porque o testemunho de uma fé vivida diariamente fala muito mais do que mil palavras persuasivas, mas que não sejam acompanhadas de uma vida de comprometimento) veio a ser a ferramenta que Deus usou para se revelar aos babilônios. 
   No episódio da cova dos leões, Daniel não se intimidou e demonstrou sua fé mesmo diante do risco. Ao serem nomeados 120 homens para governarem todo o reino pelo rei Dario, Daniel se sobressaiu ao ponto do rei planejar colocá-lo à frente do governo de todo o império. Seu sucesso incomodou tanto que armaram um meio de destrui-lo. Mas suas atitudes eram de um homem honesto, logo:Finalmente esses homens disseram:"Jamais encontraremos algum motivo para acusar esse Daniel, a menos que seja algo relacionado com a lei do Deus dele". Dessa forma, conseguiram que o rei assinasse um decreto no qual os homens só deveriam orar ao rei  por um período de 30 dias, sob pena de serem lançados na cova dos leões. Nessa ocasião, Daniel enfrentou as consequências de se ter compromisso com Deus e não deixou de orar. Não poderia ficar um dia sequer sem falar ao seu Pai celeste. Entendia ele que ou se está com Deus ou não. Não há meio termo, não há como negociar a fidelidade a Deus, não há como renunciar a Deus por causa de momentos difíceis. E sua atitude trouxe exaltação do nome do Senhor quando, ao ser lançado aos leões, foi poderosa e milagrosamente guardado (Dn 6:21,22).
   A fidelidade de Daniel para com Deus resultou em um relacionamento de intimidade com o todo poderoso, ao ponto de se destacar dentre todos os outros jovens. Ele foi reconhecido como alguém que possuía capacidade de interpretar sonhos e visões (Dn 1:17) - embora ele sempre deixasse claro quem lhe dava tal capacidade:o próprio Deus. O testemunho acerca dele era o de alguém em quem há o Espírito de Deus (Dn 5:10,11).
    Já com a idade avançada (3º ano de Ciro, rei da Pérsia), tendo passado toda uma vida em Babilônia, longe de sua terra natal e sem entender os propósitos de Deus, isso não o frustrou. Daniel ainda era homem de oração (Dn 10:2;12) e foi buscar em Deus a resposta para as profecias de Jeremias que falavam acerca do cativeiro. A busca a Deus em oração constante resultou em uma poderosa revelação do que aconteceria no fim dos dias:o cativeiro teria um fim, não duraria para sempre. Junto com a revelação, Daniel recebe uma ordem: "Tu, porém, vai até o fim". Daniel precisaria:
  • Continuar confiando que Deus tem o controle sobre todas as coisas, mesmo quando não conseguimos compreendê-las;
  • Perseverar independentemente de circunstâncias;
   A mensagem para ele era de esperança: no final haveria recompensa.  
   Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós (Ef 3:20).
Paz e até.

2 comentários:

  1. Com certeza estamos cercados de coisas ruins...mais devemos agir como Daniel ...muito linda a mensagem ñ conhecia ainda...obrigado Fernanda e parabéns :)

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  2. Obrigada, Danilo. Fico feliz que tenha gostado. Volte sempre que quiser.

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